quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Um parque para a alegria de todos

       
Descrição para cegos: duas crianças paraplégicas, usando próteses nos membros inferiores, estão de costas para a foto, juntas, em uma atividade na qual elas precisam mover de uma extremidade a outra, pequenos cubos que estão encaixados em uma barra ondulada.
Na Mooca, em São Paulo, há um projeto inovador no país sendo aplicado. No espaço pensado para ‘incluir’ quem nunca deveria sentir-se excluído, são disponibilizados ao todo 15 brinquedos adaptados para crianças com deficiência. Porém, como o objetivo é gerar a integração entre as pessoas, o espaço também foi projetado para crianças que não tenham deficiência possam se divertir nos brinquedos. A ideia é um modelo daquilo que todos locais deveriam ser, caso fossem pensados para todos, e não só para alguns grupos de pessoas. Confira a matéria completa. (Felipe Ramos)

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

O meio digital e a visibilidade das pessoas com deficiência

Descrição para cegos: a imagem
mostra Lia Almeida sentada, posando
para a foto, olhando para a câmera.
Em entrevista para o Espaço Experimental, a doutoranda da PUC de São Paulo Lia Almeida explicou como as mídias digitais podem contribuir com a visibilidade das causas das pessoas com deficiência no meio social. Confira abaixo a matéria completa (Fernanda Mendonça):


As mídias digitais estão proporcionando aos militantes a exploração de canais de comunicação através dos quais manifestam suas demandas. A doutoranda Lia Almeida analisa como esse recurso contribui com a visibilidade das causas das pessoas com deficiência no meio social. Ela está cursando doutorado na PUC de São Paulo, na área de Cultura e Ambientes Midiáticos. A pesquisa é intitulada Biossociabilidade e Estratégias de Comunicação em Rede: As Mídias Digitais como Espaço de Visibilidade para as Pessoas com Deficiência. São analisados aspectos culturais e comunicacionais em publicações divulgadas em meio digital que tratam de assuntos relacionados à causa. A repórter Fernanda Mendonça conversou com Lia Almeida sobre ciberativismo e a militância das pessoas com deficiência. 




II Colóquio de Direitos das Pessoas com Deficiência - com a professora Sandra Santiago

Descrição para cegos: a imagem mostra Sandra Santiago sentada atrás de uma mesa, no segundo plano. Uma câmera aparece gravando a professora no primeiro plano.
O II Colóquio de Direitos das Pessoas com Deficiência da Disciplina de Jornalismo e Cidadania foi realizado no dia 19 de novembro com a professora Sandra Alves da Silva Santiago. Graduada em Pedagogia, Sandra tem doutorado em Educação pela Universidade Federal da Paraíba e atua como docente e pesquisadora da UFPB na área de educação e inclusão de pessoas com deficiência. A organização foi de Felipe Ramos, Fernanda Mendonça, Gabriella Mayara e Mabel Abreu.

No primeiro vídeo, a professora Sandra explica o conceito de inclusão, que está além da instalação de rampas de acesso.



segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Aplicativo ajuda crianças com paralisia cerebral

O aplicativo sendo utilizado por uma menina de nove anos com paralisia cerebral
Descrição para cegos: a foto mostra a mão de uma menina com paralisia cerebral utilizando o aplicativo em um tablet.


O progresso da tecnologia está proporcionando mudanças no cotidiano de
pessoas com deficiência e, assim, um novo modelo de vida. Seja com a
criação de próteses cada vez mais leves e com respostas mais rápidas
para a adaptação do usuário, ou por meio dos computadores, ajudando na
comunicação de indivíduos com deficiência. É o caso do primeiro
aplicativo disponível para tablets no nosso idioma, o Livox, que você
confere abaixo. (Mabel Abreu)

Carlos Pereira, pai de Clara, de cinco anos, desenvolveu o aplicativo Livox e agora consegue se comunicar com a filha, que tem paralisia cerebral. O analista de sistemas criou inicialmente um sistema simples em que a menina podia responder "sim" ou "não". Com ajuda de fonaudiólogos, terapeutas ocupacionais e pedagogos, o aplicativo ganhou forma e é considerado um dos métodos mais eficientes de se comunicar com pacientes com esse
diagnóstico no Brasil.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Dia de reflexão e inclusão

Descrição para cegos: desenho feito à mão de uma ciranda, composta por seis bonecos e duas bonecas. Dentre os bonecos, dois seguram uma bengala e um é cadeirante.
No Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, comemorado hoje, 3 de dezembro, a Turminha do MPF faz um resgate histórico sobre a origem da data e a importância da inclusão social. O site, vinculado ao Ministério Público Federal, tem o objetivo de contribuir com a formação cidadã de crianças e adolescentes. Assuntos como equidade, direitos humanos e diversidade são prioridades de discussão. Além de oferecer aos cidadão links de manuais do Ministério da Educação sobre educação inclusiva, também estão disponíveis textos e conteúdos audiovisuais relacionados a acessibilidade e discriminação. Confira a seguir o texto publicado no site da Turminha do MPF: (Fernanda Mendonça)

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

E se fosse comigo?

Por Felipe Ramos
         
Descrição para cegos: um bebê com
Síndrome de Down deitado e sorrindo.
         Esses dias me peguei pensando como seria ter um filho. Na minha imaginação, pensei como deve ser mágico e também complicado, um grande misto de sentimentos. No entanto, meus pensamentos começaram a vagar por uma possibilidade: se neste dia tão sonhado meu filho nascesse deficiente? Confesso que pela primeira vez a ideia me deixou em choque. Conclui, então, que eu realmente ainda não sei acolher o outro que é diferente de mim.
         Após esse episódio, percebi que as maiores barreiras que as pessoas portadoras de deficiências encontram estão dentro de nós. Seja nos pequenos ou grandes gestos, em muitas situações o preconceito está em nós adormecido, escondido. Neste caso, percebi minha incapacidade de amar todos os dias alguém diferente do que imagino ideal, principalmente por ser parte de mim, como é um filho.
Entretanto, vale ressaltar que não estou aqui dizendo que sou um intolerante ou coisa do tipo. Não, não mesmo. Aqui deixo o registro fruto de uma reflexão de alguém que percebeu o quanto ainda precisa colocar em prática os ideais que defende, não só com palavras, mas com atos, principalmente se este ato for ser pai de uma criança deficiente. Na verdade, no fim de tudo, percebi que deficiente mesmo é o meu coração, que ainda precisa aprender a ser mais acessível aos outros, seja quem for. 

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Acessibilidade na comunicação pública

Descrição para cegos: Mariany Granato, em pé,
sorri para foto. Atrás dela aparecem algumas
carteiras escolares. Ela usa um crachá onde se lê:
"Jornalismo - Participação - Cidadania".
Em entrevista para o Espaço Experimental, a pesquisadora Mariany Granato falou sobre o acesso à comunicação pública por pessoas com deficiência. Confira abaixo a matéria completa (Fernanda Mendonça): 




quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Ado, ado, cada um no seu quadrado!

Descrição para cegos: a imagem mostra o Símbolo Internacional de Acesso, representado por uma pessoa em cadeira de rodas, e, ao lado, os dizeres: "Essa vaga não é sua nem por um minuto!"
Todos somos conscientes de que devemos cuidar dos mais frágeis, tornar a vida deles mais fácil e procurar ajudar da melhor forma possível. Numa sociedade, os maiores cuidam dos menores, grandes cuidam de pequenos e todos devem se ajudar para o bom funcionamento do conjunto. Todos nós sabemos que existem lugares mais acessíveis que são destinados para os deficientes. Seja numa calçada sinalizada para cegos, em lugares para estacionar reservados que são mais próximos do acesso, rampas para cadeirantes, lugares especiais em ônibus, etc. Isso deveria ser feito inconscientemente por todos nós, deveria ser natural darmos a vaga para alguém necessitado, como um idoso por exemplo. Mas o que vemos é justamente o contrário disso.

terça-feira, 4 de novembro de 2014

Contra estereotipações

Descrição para cegos: a jornalista Stella Young sorrindo para a platéia em uma de suas palestras.
Devido a influências da sociedade que cria estereótipos, é comum surpreender-se com alguém que seja exatamente o oposto desses padrões. As pessoas com deficiência, por exemplo, são vistas como “coitadas”, “dependentes”, “infelizes” e outros adjetivos a mais que as classificam como seres ineficientes ou incapazes. Mas, ao conhecer a realidade dessas pessoas e notar que têm um cotidiano de estudo, trabalho, diversão e obrigações, elas são – novamente – estereotipadas como “exemplos de superação”.
Em uma palestra, a australiana Stella Young, de 32 anos, explica que essas predefinições são puramente preconceituosas e defende: “eu não sou sua inspiração, muito obrigada”. Com muito bom-humor, a jornalista e comediante comprova que as deficiências não tornam as pessoas mais ou menos humanas - e nem as impedem de ter uma vida social e profissional. (Fernanda Mendonça)
Assista à apresentação completa:


segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Anel pode ajudar deficientes visuais a ler sem Braille

Descrição para cegos: a foto mostra uma mão que tem, no dedo indicador, o FingerReader. O dedo passa pelas palavras de um livro, no mesmo movimento que se executa na leitura de textos transcritos para o Sistema Braille. 
Tecnologia a serviço do bem comum é sempre bem-vinda. Já está em fase de testes um recurso que será de grande utilidade para facilitar o acesso de deficientes visuais a qualquer tipo de livro: um anel que lê. (Gabriella Mayara)

As pessoas que possuem algum tipo de deficiência visual poderão encontrar em um futuro não tão distante um equipamento capaz de permitir a leitura de livros sem braile.
Desenvolvido pelo Fluid Interfaces Group, no laboratório do MIT, o FingerReader pode ser classificado como um tipo de anel capaz de ler e repetir através de um áudio as palavras de um livro qualquer. Certamente, um grande avanço quando comparado ao sistema braile, popularmente utilizado entre pessoas com deficiência visual.

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Futebol de Sete, você conhece?!

Descrição para cegos: a foto mostra os jogadores e parte da comissão técnica da Seleção Brasileira de Sete, num total de dezoito homens. Eles estão num campo de futebol e seguram uma faixa na qual se lê: "Associação Nacional de Desporto para Deficientes".
Muitas coisas que são feitas por e para deficientes são desconhecidas por nós. Algumas vezes porque estamos ocupados demais para saber, ou até porque a informação não nos chega da forma mais rápida. Ajudando a disseminar esse conteúdo voltado para deficientes ou não, a fim de que possamos incentivar, promover e participar dessas atividades, este post mostra um esporte pouquíssimo conhecido por muitos. É o chamado Futebol de Sete. (Gabriella Mayara)

Em 1978 surgiu o Futebol de 7 para paralisados cerebrais. Foi na cidade de Edimburgo, na Escócia, que aconteceram as primeiras partidas. A primeira Paralimpíada em que a modalidade esteve presente foi em Nova Iorque, em 1984. Em Barcelona (1992), o Brasil estreou nos Jogos Paralímpicos e ficou em sexto lugar. Na Paralimpíada de Atlanta (1996), a seleção brasileira ficou em penúltimo lugar na classificação geral. Quatro anos depois, em Sidney, virou o jogo e conquistou o terceiro lugar geral. Nos Jogos Paralímpicos de Atenas (2004), o Brasil se superou mais uma vez e conquistou a medalha de prata, deixando para trás potências como a Rússia, Estados Unidos e Argentina.

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Se vier de nós, não é o mundo o culpado

Descrição para cegos: a imagem mostra um papel preto que se rasga e revela os olhos de uma menina com Síndrome de Down, que sorri. No canto inferior direito se lê: Síndrome de Down: É preciso ver com novos olhos. 
Certo dia estava em um salão de beleza e ouvi duas mulheres conversando sobre o filho da irmã de uma delas que havia nascido. Comecei a prestar atenção na conversa quando elas começaram com: “Sabe, né?! Hoje em dia as pessoas estão entendendo mais o que é uma pessoa com Síndrome de Down, mas eu sei que essa criança vai sofrer muito...”. O que mais me chocou foi o fato de ser a tia da criança a falar isso.
Todos pensamos que o preconceito vem de fora, mas ele começa antes mesmo da pessoa – nesse caso a criança – sair de casa. Carregamos conosco tanta culpa dos outros que muitas vezes não vemos sequer o pré-conceito que está arraigado em nós mesmos. São pensamentos assim que, se fossem evitados durante toda uma vida, a sociedade estaria incluindo esses deficientes e não os excluindo.

Vamos parar para pensar que se fizéssemos nossa parte como cidadãos e primeiramente como seres humanos melhoraríamos os olhares que são dirigidos a essas pessoas, o cuidado que deveríamos ter com o próximo, sendo ele deficiente ou não. (Gabriella Mayara)

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Derek Rabelo - uma vida além da visão


Descrição para cegos: cartaz do documentário
"Além da Visão", cujo título está em destaque
na parte de cima. A arte em preto e branco
 mostra um olho de cor azul, que reflete
uma pessoa surfando.  No canto inferior esquerdo
lê-se a frase: "Andamos por fé e não pelo que
vemos - 2 Coríntios 5,7". Na parte inferior do
cartaz está o nome de Derek Rabelo.
Algumas vidas são capazes de sair da linha do comum para inspirar outras. Este é o caso do jovem surfista brasileiro de 22 anos Derek Rabelo, que nasceu deficiente visual no ano de 1992 e mesmo assim surfou na praia de Pipeline no Hawaii, considerada um dos picos de surf mais cobiçados e difíceis para qualquer surfista profissional. Ele ainda anda de bicicleta, salta de paraquedas e pratica skate Downhill e Tow-in (surfe de ondas gigantes).
Derek nasceu portador de Glaucoma Congênito (doença rara que atinge os olhos). Mas, segundo ele, isso nunca foi motivo para deixar de sonhar, principalmente porque sempre teve o apoio dos familiares. “Eles sempre me apoiaram, principalmente para surfar, e a primeira vez que surfei foi com meu pai. Esse dia foi alucinante”, disse Derek.
“Vejo tudo o que vocês veem, mas de outras formas, acredito que Deus me empurra no momento que uma onda está se aproximando”, explica ele.
          Após encarar as mortíferas ondas do Hawaii e fazer bonito, ele despertou o interesse de Bruno Lemos (fotógrafo e cinegrafista brasileiro) e foi convidado para participar do documentário “Além da Visão”, sobre a sua vida. O documentário foi lançado em fevereiro de 2013. (Felipe Ramos)

sábado, 4 de outubro de 2014

Quem muito fala e pouco faz

Descrição para cegos: urna eletrônica e
parte da mão de uma pessoa com o dedo
indicador na tecla "Confirma".

Demokratía. A palavra grega composta pelos radicais demos (“povo”) e kratos (“poder”) traduz o verdadeiro sentido da democracia. Neste domingo (5), brasileiras e brasileiros estarão indo às urnas para exercer o mais importante ato de cidadania. Vale relembrar que, ao escolher um candidato, o cidadão reconhece suas propostas e as reafirma, confiando àquela autoridade o dever de formular as políticas públicas do Estado e o representar no meio político.
No entanto, há quem tente ludibriar o eleitor com promessas mirabolantes e falsas verdades. Em época de eleição, é comum que alguns políticos se aproximem de movimentos sociais e demonstrem uma aparente empatia pela causa, como, por exemplo, a luta pelos direitos das pessoas com deficiência.
Nesses casos, é preciso redobrar a atenção. Nem sempre os interesses do candidato em se unir à luta estão relacionados ao reconhecimento das reais necessidades do movimento, como a melhoria da acessibilidade e inclusão. Por vezes, essa aproximação é utilizada apenas como meio para chegar ao poder e, após isso, todo compromisso é descartado – e muitas vezes esquecido por ambas as partes.  

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Parabéns deficiente, você consegue! (sic)


Descrição para cegos: Eduardo Camara, sorrindo posando para foto, segurando um copo com chopp, em um bar. Eduardo está com uma camisa azul, e no fundo da imagem um homem com camisa listrada, luzes e uma televisão.
Parece até espantoso você avaliar a pessoa pelo grau de deficiência que ela tem. Ao realizar atividades cotidianas os deficientes são considerados incapazes de fazer qualquer coisa sozinhos ou ao menos tentar resolver as coisas por sua própria conta. Eles não gostam de ser vistos como coitadinhos e nós devemos respeitá-los sem medir ninguém por grau de dificuldade que tenha ou não. Pessoas são pessoas, independente de raça, cor, credo ou qualquer outra medida utilizada.
Leia a seguir um desabafo de um deficiente físico que foi parabenizado por estar em uma balada. (Gabriella Mayara)

domingo, 28 de setembro de 2014

Dia Nacional de Luta das Pessoas com Deficiência

Descrição para cegos: uma mulher em cadeira de rodas adaptada para esportes. Ela está devidamente equipada com capacete e roupas próprias, sorrindo ao posar para a foto. Ao fundo a imagem de um ônibus de apoio ao evento.

O calendário da humanidade é repleto de datas memorativas. No dia 21 de setembro, por exemplo, comemora-se o Dia da Árvore, o Dia do Radialista, o Dia Mundial do Alzeheimer, o Dia Internacional da Paz e o Dia Nacional de Luta das Pessoas com Deficiência. Diferentemente dos outros, este último ressalta a luta e foi definido por lei.

No dia 14 de julho de 2005 foi oficializada a Lei Federal nº 11.133, que criou o Dia Nacional de Luta das Pessoas com Deficiência. A data escolhida, 21 de setembro, na verdade é uma metáfora: representa o florescer de uma nova era – já que esse mês marca o início da primavera no hemisfério sul da Terra.

terça-feira, 19 de agosto de 2014

Adoção de crianças e adolescentes com deficiência ou doença crônica

Descrição para cegos: Duas crianças e um cachorro. A primeira criança é uma menina que está em pé, encostada num sofá; a segunda criança é um menino que está sentado no sofá com a mão na boca, tendo ao seu lado um cachorro. 






Desde que foi sancionada, em fevereiro deste ano, a lei 12.955/14 - que dá prioridade aos processos de adoção de crianças ou adolescentes com deficiência ou doença crônica - já ajudou a muitas crianças que antes tinham poucas chances de ter uma família finalmente encontrarem um lar.

De acordo com o relator na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH), o senador Paulo Paim (PT-RS), as crianças com deficiência ou doenças crônicas são cerca de 10% das 80 mil que estão nos abrigos para adoção.

A lei dá visibilidade a esse grupo tão excluído e pode evitar que crianças e adolescentes com deficiência permaneçam durante muito tempo nessas instituições aguardando adoção.

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Resenha crítica do filme Uma lição de amor

Descrição para cegos: cartaz do filme Uma lição de amor, que mostra a atriz Michele Pfeiffer sorrindo; logo abaixo, o ator Sean Penn abraçando uma menina que está de costas. No cartaz, além dos nomes dos atores e do título do filme está escrita a frase: "o amor é tudo o que se precisa".


O filme Uma lição de amor (2001), dirigido por Jessie Nelson, conta a história da luta de Sam (Sean Penn), um homem com uma deficiência cognitiva, para manter a guarda da sua filha Lucy (Dakota Fanning). Pai e filha foram abandonados pela mãe logo após o nascimento de Lucy, e Sam toma para si o dever de cuidar sozinho da criança.

O atraso no desenvolvimento mental de Sam torna sua capacidade intelectual semelhante à de uma criança de 7 anos. Apesar disso, ele leva uma vida normal, retirando seu sustento e o da filha com seu trabalho em uma cafeteria. Sam ainda conta com a ajuda de uma vizinha e de quatro amigos - que também são deficientes mentais - para cuidar de Lucy.

sábado, 16 de agosto de 2014

Quem é perfeito? Aproxime-se!

Descrição para cegos: do vídeo do Youtube mostra mais de dez manequins, retratando pessoas comuns, em um galpão iluminado, cada uma com tipo de deficiência. Um com má formação da coluna, um sentado representando um cadeirante, manequim com encurtamento da perna. Os manequins estão expostos em um galpão e ao fundo da imagem janelas de vidro pichadas.
 
Como forma de realçar a beleza da diversidade, a organização Pro Infirmis fez uma campanha intitulada “Because who is perfect? Get closer" (em tradução livre, "Por que quem é perfeito? Aproxime-se"). Nela, os manequins convencionais das vitrines de lojas em Zurique, na Suíça, foram trocados por exemplares espelhados em pessoas com algum tipo de deficiência física.
         O radialista e crítico de cinema com má formação da mão e do pé direitos Alex Oberholzer, a miss com má formação da coluna Jasmin Rechsteiner, o paratleta sem a parte inferior da perna direita Urs Kolly, o ator portador de doença nos ossos de origem genética que resultou em membros bem finos Erwin Aljukic e a blogueira cadeirante Nadja Schmid foram os deficientes escolhidos para participar da campanha.

A ação nos faz questionar o padrão de beleza a que somos expostos diariamente e o conceito de perfeição, além de promover o respeito pelo diferente. Veja no vídeo como foi o processo, desde a criação dos manequins até a recepção pelo público. (Vanessa Mousinho)

Veja o vídeo:


sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Inscrições para candidatos à utilização de cães-guias encerram próximo domingo


                                                                                          Antonio Cruz/Agência Brasil
Descrição para cegos: um homem com deficiência visual passeando com seu cão guia em um shopping. Próximo a eles ao lado direito duas mulheres também transitando no local, carregando bolsas. Mais ao fundo diversas pessoas, e ao lado esquerdo vitrines de lojas com roupas expostas para venda.
Você sabia que no Brasil deficientes visuais podem receber gratuitamente cães-guias treinados por ONG’s? As inscrições para candidatos à utilização de cães-guias começaram no dia 7 de agosto e já se encerram no próximo domingo (17). A chamada para a seleção foi publicada no Diário Oficial da União, pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, na quarta-feira (6).

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Praticando esportes


Descrição para cegos: duas pessoas, um homem e uma mulher em uma bicicleta própria para dupla, pedalando em um jardim botânico.
A prática regular de atividades físicas por portadores de deficiência, além de proporcionar os benefícios universais à saúde, também é uma forma de integração social e de superar limites. O esporte possui valores terapêuticos e desenvolve tanto a autoestima quanto a coordenação motora.

terça-feira, 12 de agosto de 2014

Pesquisa sobre os direitos das pessoas com deficiência.

Descrição para cegos: ilustração de Ricardo Ferraz mostra uma calçada sem acessibilidade devido à uma rampa de garagem, de nível maior que o da calçada, que impede a passagem de um homem em cadeira de rodas e de uma mulher com carrinho de bebê. Acima da rampa está escrito: "não estacione. Garagem!" 
(Ilustração de Ricardo Ferraz. Originalmente publicada no portal Aqui Notícias.)
É quase consensual na sociedade o fato de que os direitos das pessoas com deficiência não são respeitados. No entanto, o que pensam as vítimas dessa discriminação? Em 2010 o DataSenado fez uma pesquisa sobre o assunto que trouxe dados interessantes. Leia e aproveite para refletir sobre suas ações para acabar com a discriminação contra pessoas com deficiência. (Erik Williams)

Fonte: Portal dos Instituto Brasileiro dos Direitos das Pessoas com Deficiência.

Setenta e sete por cento das pessoas com deficiência acreditam que não têm seus direitos respeitados no país
Essa é uma das conclusões da pesquisa “Condições de vida das pessoas com deficiência no Brasil”, feita pelo DataSenado com base num cadastro cedido pelo IBDD com 10.273 pessoas com deficiência em todas as regiões do Brasil. A pesquisa ouviu 1.165 pessoas com deficiência entre os dias 28 de outubro e 17 de novembro de 2010, sendo 759 deficientes físicos, 170 visuais e 236 auditivos.

Super-heróis e deficiência

Descrição para cegos: página da  edição nº 19 da HQ do Gavião Arqueiro, herói da Marvel, com quadrinhos com linguagem de sinais sem tradução de significado.

No universo em que os super-heróis atuam, eles são pessoas extraordinárias, na maioria das vezes com poderes sobrenaturais e únicos, capazes de dar esperança para a população quando o mundo está em risco. Os super-heróis dão lições de amor ao próximo, perseverança e coragem para fazer as escolhas certas, por mais que o caminho mais fácil seja outro e, por isso, eles são capazes de influenciar gerações. Mas o que você acharia se o seu super-herói favorito se tornasse deficiente em um combate? Passaria pela sua cabeça que, de alguma forma, ele seria menos capaz? A edição n°19 da HQ do Gavião Arqueiro, herói da Marvel, lançada no dia 30 de julho, veio com essa surpresa. A edição foi escrita por Matt Fraction e ilustrada por David Aja.

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Você já realizou o seu sonho?

“Se nós podemos sonhar juntos, pra quê sonhar sozinho?”

Descrição para cegos: menina deitada no chão, segurando um pano na cor verde com uma mão e, com a outra, uma fita de ginástica rítmica, também na cor verde. Ela usa um uniforme do esporte na cor azul com faixas em verde e amarelo. 
Realizar sonhos é o desejo de todos, mas, às vezes, a deficiência pode ser um problema para essa concretização. Visando garantir o bem estar pessoal e uma forma de lazer – previstas no Artigo 5º do Estatuto da Pessoa com Deficiência, além de aproximar essas pessoas dos seus sonhos, o publicitário João Fábio Matheasi, em conjunto com a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) de Andradas, em Minas Gerais, fotografou 17 pessoas com deficiências físicas e mentais.

As imagens do projeto, chamado Realizando Sonhos, mostram os desejos de cada um, como andar de skate, brincar de amarelinha ou até mesmo andar na chuva. 

A sessão de fotos durou dois dias seguidos, com mais de 30 cliques para cada posição, e toda a produção de cenários e roupas foram realizados pela APAE e pelo próprio estúdio de fotografia. Os modelos foram fotografados deitados no chão e, com o auxílio de uma escada e um apoio, João Fábio posicionou-se no alto, em um ângulo próximo aos 90 graus, para ter a dimensão da paisagem. 

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Rabiscos de superação - Como a arte se tornou um instrumento de motivação

Descrição para cegos: cartum da coletânea "Visão e Revisão Conceito e Pré-Conceito", que mostra uma mulher com obesidade, um idoso, um homem com uma bolsa com rodinhas e uma mulher com carrinho de bebê diante de uma escada. Logo abaixo, a frase: "pra quem acha que 'acessibilidade é coisa só de cadeirante'".
O cartunista Ricardo Ferraz nasceu em Cachoeiro do Itapemirim – ES. Aos cinco anos de idade, contraiu poliomielite e encontrou no desenho seu refúgio. Entre seus trabalhos, a série de cartuns que retrata satiricamente o cotidiano, as dificuldades e o preconceito enfrentado pelas pessoas com deficiência ganha destaque e é reconhecida mundialmente. A série está em uma exposição itinerante pelo mundo desde 1981 e também está reunida na coletânea “Visão e Revisão Conceito e Pré-Conceito”, que já está na 3ª edição. Atualmente, sua arte é divulgada pela ONU e veiculada em livros didáticos do país, além de jornais e revistas da América do Sul, América do Norte, Europa e África do Sul. Em entrevista para o blog Cidadania e Direitos dos Deficientes, Ricardo conta como a arte foi crucial para a sua história de superação e de onde vem a inspiração para abordar essa temática. 

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Documentário: História do Movimento Político das Pessoas com Deficiência no Brasil

Descrição para cegos: capa do DVD com o título: "História do movimento político das pessoas com deficiência no Brasil".

      A partir de uma pesquisa e de levantamento histórico acerca do movimento das pessoas com deficiência, foi criado pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR) o documentário “História do Movimento Político das Pessoas com Deficiência”, lançado em 2011, que resultou em um livro (para ter acesso ao PDF da obra clique aqui). 

quinta-feira, 31 de julho de 2014

Sobre aposentadoria de pessoa com deficiência

Com a lei complementar 142/2013, as pessoas com deficiência ganharam o direito de se aposentar mais cedo, com poucas perdas salariais. Esse benefício, contudo, varia de acordo com o grau da deficiência, que foi subdividida em leve, moderada e grave.


Assista ao vídeo do programa Tema Jurídico, exibido na TV Itararé - afiliada da TV Cultura em Campina Grande/PB - e entenda melhor como este benefício funciona. O programa apresentado por Rodrigo Apolinário, conta com a participação do chefe da perícia médica do INSS de Campina Grande, Danilo Siqueira e do procurador federal e professor universitário, Antônio Marcos Almeida. (Andréa Meireles)


Fonte: Canal "Facisa Paraíba", no YouTube.  


terça-feira, 29 de julho de 2014

A força de quem nasceu para inspirar

Descrição para cegos: Ana Maria numa agência da previdência social. Ela usa muletas e sorri para a foto. Atrás dela, alguns guichês. Foto: Diana Reis
    Conheça um pouco da história de vida de Ana Maria. Ela contraiu paralisia infantil por volta dos dois anos, tornando-se deficiente. Formada em Serviço Social, na juventude lutou pelos direitos dos deficientes, participando inclusive da construção da Constituição de 1988. Hoje, ela trabalha no INSS auxiliando pessoas que sofreram acidentes ou adquiriram doenças no trabalho. Ana Maria é a prova viva de que a deficiência não é um ponto final. “Todo mundo tem uma missão, senão não teríamos nem nascido. E acho que a minha é contribuir para uma sociedade melhor”, disse. (Vanessa Mousinho)

sexta-feira, 25 de julho de 2014

Colóquio: Entendendo o direito do deficiente – com Joana Belarmino

Descrição para cegos:  foto mostra a professora Joana Belarmino e a câmera
filmando-a, com ela aparecendo no visor.
No dia 16 de julho, recebemos em sala de aula a professora e jornalista Joana Belarmino, para discutir a respeito dos direitos do deficiente. Joana é doutora em Comunicação e Semiótica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, além de ser professora do curso de Jornalismo da Universidade Federal da Paraíba e coordenadora do Programa de Pós-graduação em Jornalismo / Mestrado Profissional da UFPB. Entre os seus temas de pesquisa estão acessibilidade à comunicação, ciberativismo, cegueira e percepção tátil, arte, literatura e comunicação. Veja abaixo como foi a conversa: 

quinta-feira, 24 de julho de 2014

A meia-entrada e o acesso dos deficientes à cultura

Descrição para cegos: dois homens cegos, usando óculos escuros e fones de ouvido, numa sala de cinema. Foto: AFP Photo/Abdelhak Senna
No dia 27 de dezembro de 2013, foi publicada no Diário Oficial da União uma lei que dá direito aos deficientes de pagarem meia-entrada pelos ingressos de eventos artísticos-culturais e esportivos, além de estender o benefício também aos seus acompanhantes.

No entanto, profissionais que atuam na área, como Valéria Rocha Conde Aljan, assessora do Instituto Benjamim Constant, acreditam que isso é pouco para solucionar o problema da falta de incentivo e acesso à cultura por pessoas com necessidades especiais.

Pegando como exemplo o cinema, ainda não estão disponíveis em muitas salas recursos como a audiodescrição para os deficientes visuais, essencial para um bom entendimento do que se passa na tela.

quinta-feira, 3 de julho de 2014

O mundo é mais difícil quando não é projetado para você


Com a frase "O mundo é mais difícil quando não é projetado para você", um anúncio da EDF, empresa francesa de eletricidade, propõe a reflexão acerca da acessibilidade para deficientes, sejam físicos, auditivos ou visuais. De forma extremista, a propaganda mostra uma cidade completamente acessível apenas para pessoas com deficiência, com bibliotecas exclusivamente com livros em braille, orelhões e semáforos adaptados, entre outros. O anuncio é radical, mas nos faz pensar: será que o mundo que é oferecido hoje em dia é o ideal para todos? Acessibilidade dos portadores de deficiência é um direito garantido pela Lei Nº 10.098/2000 e deve ser cumprido. (Vanessa Mousinho) 

quarta-feira, 28 de maio de 2014

Esta vaga não é sua

       Você sabia que as vagas de estacionamento para deficientes físicos são regulamentadas e garantidas por lei? No Brasil, todas as cidades devem destinar 2% das vagas de estacionamento público para deficientes. De acordo com o Artigo 181, que consta na Lei 9.503/97 do Código de Trânsito Brasileiro, estacionar em desacordo com a sinalização dessas vagas é uma infração leve, e pode acarretar na perda de três pontos na habilitação, além de multa e remoção do veículo.
      No dia 10 de setembro de 2013, a equipe do quadro “Olho por olho” - exibido pelo programa Custe o que Custar (CQC) da TV Bandeirantes - executou uma pegadinha naqueles que insistem em estacionar nessas vagas preferenciais. A situação criada no vídeo atenta para questão “Esta vaga não é sua nem por 1 minuto”, e, desta forma, incentiva o respeito aos direitos da pessoa com deficiência. (Andréa Meireles)



Fonte: Página do NMR7 do You Tube


*A reportagem também pode ser acessada no site do programa CQC através do link: 

segunda-feira, 19 de maio de 2014

Melhor para quem?

         


Atualmente na capital paraibana vem sendo aplicada uma mudança no que se refere aos ônibus do serviço de transporte público, com a troca da catraca e do cobrador para a parte dianteira do ônibus e, com isso, a inversão das entradas e saídas. Segundo a Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana de João Pessoa (Semob), as modificações visam trazer mais segurança, uma vez que a aproximação entre o motorista e o cobrador pode inibir a ação de assaltantes.

Entretanto, fica o questionamento: será que esta mudança realmente foi para melhor? E, acima de tudo, melhor para quem?

Usuários estão reclamando das mudanças, dentre eles, principalmente, os chamados usuários preferenciais (gestantes, idosos, pessoas com crianças de colo e pessoas com deficiência física ou portadoras de necessidades especiais) que se sentem prejudicados com a confusão causada pelas modificações no sistema de embarque.    
    
Portadores de deficiência estão passando alguns transtornos, principalmente pelo acúmulo de passageiros junto às portas ou pela confusão que outros passageiros têm de identificar os assentos preferenciais para ceder o lugar. Isso acontece mesmos nos veículos da frota "Ônibus Eficiente". 

Tais mudanças, apesar do transtorno que estão causando, talvez venham a se mostrar eficientes no futuro. Porém, no presente, por falta de campanha de conscientização e reeducação do público que utiliza o sistema, têm limitado mais ainda a escassa acessibilidade que deveria ser garantida. (Erik Williams)

Sobre os direitos das pessoas com deficiência

“Ao respeito pela sua dignidade humana”, este é o primeiro direito que consta na Declaração sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, proclamado em 9 de dezembro de 1975, pela Organização das Nações Unidas (ONU). De acordo com dados divulgados pelo órgão, aproximadamente 10% da população mundial tem alguma deficiência. Entre elas, 80% vivem em países em desenvolvimento, como o Brasil.
        Também foi constatado nesses países, que 90% das crianças com deficiência não frequentam escolas. Outro dado alarmante pontuado na pesquisa, é que mulheres com deficiência estão mais propensas a serem violentadas ou sofrerem abuso sexual. A Declaração sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência defende a indistinção na execução dos direitos fundamentais dos cidadãos comuns, assim como protege as pessoas com deficiência de atos discriminatórios e luta por medidas que as tornem mais independentes. 


Imagem: Ricardo Ferraz                                                                                           

          Em 2008 entrou em vigor o protocolo facultativo da Convenção das Nações Unidas sobre Direitos das Pessoas com Deficiência, que reafirma todos os direitos fundamentais desses indivíduos. Além disso, a Convenção discute em que setores devem ser aplicadas adaptações, para que essas pessoas estejam protegidas de violações e possam exercer plenamente seus direitos.
        Este blog é um produto da disciplina Jornalismo e Cidadania, ministrada por Carmélio Reynaldo, professor dos cursos de Comunicação Social da UFPB. O espaço é destinado a explanar a temática “Direito dos deficientes” e levantar reflexões acerca do combate a qualquer tipo de violação desses direitos.


Referências:


(Andréa Meireles)