quinta-feira, 27 de novembro de 2014

E se fosse comigo?

Por Felipe Ramos
         
Descrição para cegos: um bebê com
Síndrome de Down deitado e sorrindo.
         Esses dias me peguei pensando como seria ter um filho. Na minha imaginação, pensei como deve ser mágico e também complicado, um grande misto de sentimentos. No entanto, meus pensamentos começaram a vagar por uma possibilidade: se neste dia tão sonhado meu filho nascesse deficiente? Confesso que pela primeira vez a ideia me deixou em choque. Conclui, então, que eu realmente ainda não sei acolher o outro que é diferente de mim.
         Após esse episódio, percebi que as maiores barreiras que as pessoas portadoras de deficiências encontram estão dentro de nós. Seja nos pequenos ou grandes gestos, em muitas situações o preconceito está em nós adormecido, escondido. Neste caso, percebi minha incapacidade de amar todos os dias alguém diferente do que imagino ideal, principalmente por ser parte de mim, como é um filho.
Entretanto, vale ressaltar que não estou aqui dizendo que sou um intolerante ou coisa do tipo. Não, não mesmo. Aqui deixo o registro fruto de uma reflexão de alguém que percebeu o quanto ainda precisa colocar em prática os ideais que defende, não só com palavras, mas com atos, principalmente se este ato for ser pai de uma criança deficiente. Na verdade, no fim de tudo, percebi que deficiente mesmo é o meu coração, que ainda precisa aprender a ser mais acessível aos outros, seja quem for. 

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Acessibilidade na comunicação pública

Descrição para cegos: Mariany Granato, em pé,
sorri para foto. Atrás dela aparecem algumas
carteiras escolares. Ela usa um crachá onde se lê:
"Jornalismo - Participação - Cidadania".
Em entrevista para o Espaço Experimental, a pesquisadora Mariany Granato falou sobre o acesso à comunicação pública por pessoas com deficiência. Confira abaixo a matéria completa (Fernanda Mendonça): 




quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Ado, ado, cada um no seu quadrado!

Descrição para cegos: a imagem mostra o Símbolo Internacional de Acesso, representado por uma pessoa em cadeira de rodas, e, ao lado, os dizeres: "Essa vaga não é sua nem por um minuto!"
Todos somos conscientes de que devemos cuidar dos mais frágeis, tornar a vida deles mais fácil e procurar ajudar da melhor forma possível. Numa sociedade, os maiores cuidam dos menores, grandes cuidam de pequenos e todos devem se ajudar para o bom funcionamento do conjunto. Todos nós sabemos que existem lugares mais acessíveis que são destinados para os deficientes. Seja numa calçada sinalizada para cegos, em lugares para estacionar reservados que são mais próximos do acesso, rampas para cadeirantes, lugares especiais em ônibus, etc. Isso deveria ser feito inconscientemente por todos nós, deveria ser natural darmos a vaga para alguém necessitado, como um idoso por exemplo. Mas o que vemos é justamente o contrário disso.

terça-feira, 4 de novembro de 2014

Contra estereotipações

Descrição para cegos: a jornalista Stella Young sorrindo para a platéia em uma de suas palestras.
Devido a influências da sociedade que cria estereótipos, é comum surpreender-se com alguém que seja exatamente o oposto desses padrões. As pessoas com deficiência, por exemplo, são vistas como “coitadas”, “dependentes”, “infelizes” e outros adjetivos a mais que as classificam como seres ineficientes ou incapazes. Mas, ao conhecer a realidade dessas pessoas e notar que têm um cotidiano de estudo, trabalho, diversão e obrigações, elas são – novamente – estereotipadas como “exemplos de superação”.
Em uma palestra, a australiana Stella Young, de 32 anos, explica que essas predefinições são puramente preconceituosas e defende: “eu não sou sua inspiração, muito obrigada”. Com muito bom-humor, a jornalista e comediante comprova que as deficiências não tornam as pessoas mais ou menos humanas - e nem as impedem de ter uma vida social e profissional. (Fernanda Mendonça)
Assista à apresentação completa:


segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Anel pode ajudar deficientes visuais a ler sem Braille

Descrição para cegos: a foto mostra uma mão que tem, no dedo indicador, o FingerReader. O dedo passa pelas palavras de um livro, no mesmo movimento que se executa na leitura de textos transcritos para o Sistema Braille. 
Tecnologia a serviço do bem comum é sempre bem-vinda. Já está em fase de testes um recurso que será de grande utilidade para facilitar o acesso de deficientes visuais a qualquer tipo de livro: um anel que lê. (Gabriella Mayara)

As pessoas que possuem algum tipo de deficiência visual poderão encontrar em um futuro não tão distante um equipamento capaz de permitir a leitura de livros sem braile.
Desenvolvido pelo Fluid Interfaces Group, no laboratório do MIT, o FingerReader pode ser classificado como um tipo de anel capaz de ler e repetir através de um áudio as palavras de um livro qualquer. Certamente, um grande avanço quando comparado ao sistema braile, popularmente utilizado entre pessoas com deficiência visual.