quinta-feira, 12 de março de 2015

Folhetos de cordel são traduzidos para o sistema Braille

Descrição para cegos: a imagem mostra o estudante Flaviano Nascimento no canto inferior esquerdo. Ao fundo, resmas de papel escritas em braille.      
   O projeto foi desenvolvido pelo estudante Flaviano Nascimento, que é cego, para analise semiótica e transcodificação de contos e cordéis. Ele utilizou o acervo de folhetos Programa de Pesquisa em Literatura Popular da UFPB e teve como orientadora a professora Maria de Fátima Barbosa, do Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas. Segundo ela, o trabalho é importante tanto para os deficientes visuais, como para a cultura popular brasileira. Os folhetos traduzidos ainda não foram publicados. Eles estão no segundo andar da Biblioteca Central da UFPB, onde funciona o PPLP, Programa de Pesquisa em Literatura Popular. Ouça a reportagem que produzi para o programa Espaço Experimental, da Oficina de Radiojornalismo do Curso de Jornalismo da UFPB. (Felipe Ramos):

sábado, 7 de março de 2015

Um grito de socorro

Descrição para cegos: a imagem mostra a mão de um homem, que se coloca atrás do ouvido, como se tentasse escutar melhor.
Por Gabriella Mayara

Participo de uma comunidade onde os cultos religiosos são transmitidos via internet ao vivo, mas algo que sempre me chamou atenção é que pouquíssimas vezes vi algum intérprete de Libras no recinto. As poucas vezes que vi era alguém conhecido do deficiente que vinha o acompanhando para que pudesse entender. Outras vezes também vi surdos totalmente perdidos durante os sermões pela falta de alguém que os pudesse auxiliar.
O fato que mais me chama atenção é: até onde é esse limite entre alguém deficiente poder praticar ações tão comuns a nós e não poder porque não se tem ferramentas para que ele seja atendido? Até quando ainda veremos pessoas se afastando dos deficientes visuais na rua ao invés de auxiliá-los a passar perto de um buraco, em algum lugar estreito sem cair ou tropeçar? Qual a nossa atitude diante disso? Será que por estarmos “muito bem, obrigada” no nosso lugar deixaremos de nos importar com os outros, já que isso não nos atinge?

quarta-feira, 4 de março de 2015

Cirurgias auditivas no Brasil: um avanço no tratamento à surdez

Descrição para cegos: a imagem mostra o Símbolo Internacional da Surdez na cor branca sobre um fundo azul. Trata-se de uma representação do ouvido humano sendo parcialmente transpassado por uma faixa na diagonal. 
Com o avanço da tecnologia nas cirurgias auditivas, em conjunto com o diagnóstico precoce, é possível melhorar a qualidade de vida de pessoas com deficiência auditiva. É o caso do implante na orelha média, que já é realizado no Brasil pelo Sistema Único de Saúde (SUS). No podcast abaixo, Mara Gabrilli, do programa Derrubando Barreiras: Acesso para Todos, entrevista o presidente da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial, José Eduardo Lutaif Dolci, que explica esses progressos nas cirurgias faciais e auditivas. (Mabel Abreu)



terça-feira, 3 de março de 2015

Pertti Kurikan Nimipaivat: down e autismo no rock

Descrição para cegos: a imagem retrata os integrantes da banda Pertti Kurikan Nimipaivat, todos vestidos de preto. À frente, da esquerda para a direita, estão Pertti Kurikka (que tem em seu ombro a alça da guitarra à mostra) e Toni Välitalo. Atrás, também da esquerda para a direita, estão Kari Aalto e Sami Helle.
Uma banda finlandesa chamada Pertti Kurikan Nimipaivat, conhecida como PKN, tem se destacado na Europa pelo seu punk politizado que vem dando voz a pessoas com deficiência através de letras que abordam conscientização e preconceito. A banda surgiu há sete anos em uma oficina para pessoas com deficiência intelectual e é composta por membros com Síndrome de Down e Autismo. Em 2009 o grupo estrelou o documentário The Punk Syndrome, que fala um pouco da história da banda e do processo de composição. O grupo é formado por Pertti Kurikka (guitarra), Kari Aalto (vocal), Sami Helle (baixo) e Toni Välitalo (bateria). Neste ano o quarteto é uma das atrações de destaque do Eurovision, festival realizado anualmente pela União Europeia. Quer ouvir o som? É só clicar no vídeo abaixo. (Mabel Abreu)

domingo, 1 de março de 2015

Um silencioso Apartheid


Descrição para cegos: a imagem em preto e branco mostra o dedo indicador de uma mão levado à boca, num gesto de quem pede silêncio. 
Com as barreiras criadas nos dia a dia como, por exemplo, a falta de acessibilidade ou de conscientização nas relações interpessoais, as pessoas com deficiência enfrentam um silencioso 'Apartheid', ou seja, uma silenciosa separação, ou segregação da vida das pessoas consideradas 'normais'. Em um artigo publicado no site Planeta Educação, a advogada Ana Paula Crosara de Resende ressalta que apesar de haver muitas discussões sobre os Direitos Humanos, na vida real vamos criando cada vez mais barreiras para separar essas pessoas do nosso convívio, inclusive pela nossa omissão. Confira aqui o artigo completo. (Felipe Ramos)