quarta-feira, 31 de agosto de 2016

A inclusão em debate

Descrição para cegos: a foto mostra
Izaura Maria usando muleta no braço
 direito. Ela está em frente ao
prédio do Centro de Educação,
cuja placa se vê acima da professora.
Por Samuel Amaral

O projeto A Inclusão se faz assim!, coordenado pela professora Izaura Maria de Andrade da Silva (Departamento de Habilitações Pedagógicas da UFPB), com a colaboração da professora Sandra Santiago (DHP-UFPB), está promovendo rodas de conversa sobre a inclusão de estudantes com deficiência. A primeira ocorreu no dia 26 de agosto, tendo como tema Surdez e Libras, tendo como convidados Sandra Santiago (UFPB), Enio Affonso (Funad) e Huynara Martins (Funad).
Outras três rodas de conversa ocorrerão respectivamente neste mês, em outubro e em novembro (veja a programação no final).
O projeto tem o objetivo de sensibilizar e despertar nos alunos o interesse pela área de Educação Especial, visando à construção de uma “escola para todos, que respeita as diferenças, que acolhe as diferenças”, segundo Izaura.
- Esse projeto nasceu de uma pesquisa que constatou que nenhuma licenciatura (com exceção das de Dança e Educação Física) tem disciplinas voltadas para a capacitação do trabalho com educação inclusiva” – explica a professora.

sábado, 27 de agosto de 2016

As tecnologias assistivas a serviço da inclusão

Descrição para cegos: a foto mostra a palestrante Ana Flávia Coutinho, em pé, gesticulando enquanto fala para a platéia sentada à sua frente. Atrás da professora há um telão onde são projetados os slides da palestra.
Por Samuel Amaral

Promovendo a Acessibilidade às pessoas com deficiência através das Tecnologias Assistivas foi o tema de uma das palestras ocorridas na manhã de ontem (26) na Feira de Inovação e Tecnologia Expotec. Foi ministrada pela professora Ana Flávia Coutinho, da UFPB.
        A palestrante citou dados do Censo 2010, de que há mais de 45 milhões de pessoas com deficiência no Brasil, o que representa 24% da população. Isso significa que “temos um universo de pessoas com deficiência em nossa sociedade e que ela precisa ser inclusiva. A gente precisa pensar iniciativas que envolvam todas as pessoas”, segundo professora Ana Flávia.
        A adequação dos espaços públicos e privados para acolher as pessoas com deficiência é uma dessas iniciativas, afirma a professora. “A pessoa com deficiência não é deficiente, quem é deficiente é o ambiente! O ambiente é que tem que se mudar para que todas as pessoas sejam incluídas”, afirmou.

terça-feira, 23 de agosto de 2016

Curta retrata infância de menina com paralisia cerebral

Descrição para cegos: cena do filme mostra Heloísa na entrada da sala de aula. Ela está numa cadeira de rodas e, atrás dela, tem uma porta aberta e um banquinho. Na parede à sua esquerda, um cabide com uma mochila pendurada.
Por Jéssica Xavier

         O livro infantil Por Que Heloísa?, da publicitária Cristiana Soares ganhou vida nas telas e se tornou filme. O curta-metragem conta a história de uma garota de 6 anos com paralisia cerebral chamada Heloísa que encara o início de sua vida escolar. O filme é baseado em uma história real e foi realizado pela Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo e pela TV Cultura de São Paulo.
- O projeto transmidiático Por que Heloísa? foi concebido com a intenção de gerar a reflexão coletiva. Como podemos mudar nossa forma de olhar as questões relacionadas à deficiência e à existência humana e colaborar, na prática, para tornar o mundo melhor para todos? - indaga a autora.

sexta-feira, 19 de agosto de 2016

O que é ser deficiente para você?


Descrição  para cegos: mãos com terra.
Em uma delas, uma pequena flor amarela
se destaca.

Por Rebeka Akber

Eu nunca vi a luz do sol, nunca pude contemplar o mar, nem minha mãezinha a quem tanto amo, pude sua graça e doçura enxergar. Nasci cego, e foram tantas as vezes que me considerei incapacitado, e desejei não ter nascido. Fiz até mais que isso, desejei ter nascido surdo também, para não ter que ouvir minha família chorar nas incontáveis vezes que eu fiz cirurgias, para tentar ao menos vultos enxergar, e que nunca deram resultados. Rezei, chorei, implorei.
Mas certo dia, e, diga-se de passagem, um lindo dia, aceitei e compreendi. Pedi para que minha mãe me levasse à praça de nosso bairro, e ela, como de costume, deixou-me lá e retornou para nossa casa, para continuar seus afazeres. Minha mãe foi e ali estava eu sentado, sentindo apenas o vento bater em meu rosto, em pensamentos distantes, senti que alguém se aproximava. Pensei que minha mãe havia retornado. Foi quando uma linda garotinha, sim tenho certeza de que ela deve ser linda, pois sua alma deve ser tão bela quanto seus pequenos traços, se apresentou.

quarta-feira, 17 de agosto de 2016

Pessoas com deficiência intelectual já podem casar

Descrição para cegos: foto mostra o casamento de Rosana e José Francisco. Ela está com um vestido formal azul e ele com camisa social branca e gravata cinza. Juntos exibem a certidão de casamento. Há algumas pessoas atrás do casal, também vestidas formalmente.

       Em janeiro foram aprovadas algumas mudanças no Estatuto da Pessoa com Deficiência, e em uma dessas alterações os impedimentos para o casamento de pessoas com deficiência intelectual foram anulados. Antes, o processo para a união levava meses e enfrentava muita burocracia, sendo necessário autorização dos pais e liberação judicial. Com a nova regulamentação, os noivos agora podem oficializar o matrimônio no cartório como qualquer outro casal, sem obstáculos. Reportagem completa no site da Agência Senado. (Jéssica Xavier)

domingo, 14 de agosto de 2016

Mesa discutiu o acesso à leitura na era digital

Descrição para cegos: da esquerda para direita, sentados atrás de mesas: Sandra Santiago, Perla Assunção, Antônio Muniz, Joana Belarmino e Helosman de Oliveira. Sobre as mesas há uma jarra e copos com água, microfone e a linha braille de Antônio Muniz. Ele está portando o microfone, falando.
Por Samuel Amaral

Pessoas com Deficiência e o acesso à leitura na era digital foi o tema que norteou as discussões na tarde da quinta-feira (11) no I Seminário Paraibano sobre Acessibilidade ao Livro e à Leitura, realizado no âmbito do projeto Agosto das Letras 2016. Integraram a mesa as professoras Joana Belarmino e Sandra Santiago, da UFPB; Perla Assunção, representante da Fundação Dorina Nowill; Antônio Muniz, presidente da Organização Nacional de Cegos do Brasil (ONCB); e Helosman de Oliveira, representante da Funad (Fundação de Apoio ao Deficiente). 

sábado, 13 de agosto de 2016

Agosto das Letras teve seminário de leitura e acessibilidade

Descrição para cegos: foto mostra a professora
Joana Belarmino na mesa do debate.

Por William Veras


O Espaço Cultural José Lins do Rego recebeu na última quinta-feira o I Seminário Sobre Acessibilidade ao Livro e à Leitura, que objetivou levantar discussões sobre os mecanismos de acesso à leitura em todos os formatos, bem como o debate sobre o acesso das pessoas com deficiência visual a determinados materiais, que muitas vezes sofrem interferências por causa de problemas relacionados a direitos autorais, falta de compromisso do mercado editorial em produzir livros acessíveis para todos, dentre outros assuntos.

quinta-feira, 11 de agosto de 2016

O mundo da fotografia é possível para quem não enxerga?

Descrição para cegos: foto em preto e branco mostra uma bicicleta com aves voando ao seu lado. A cena da a impressão de que a bicicleta anda ao lado dos pássaros, da direita para a esquerda.

Por William Veras


Hoje é comum tirarmos fotografias; desde muito pequenos, somos estimulados a capturar imagens, e logo cedo ganhamos diversas oportunidades de fotografar. Mas você já parou para pensar em uma pessoa cega fotografando? Será que isso é possível?
Resolvemos fazer uma pesquisa entre algumas pessoas com deficiência visual e, para nossa surpresa, descobrimos que essa possibilidade é real, inclusive treinada através de cursos de fotografias específicos para pessoas cegas.
Mas, antes, saiba o que diz uma profissional do ramo da fotografia a respeito.
A fotógrafa Marcele Martineis, 12 anos no ramo, e trabalhando profissionalmente a quatro na fotografia, nos relatou algumas coisas que podem ajudar na abertura deste debate. Segundo Marcele, a fotografia é simplesmente a captura de emoções. Emoções estas que podem ser capturadas em paisagens, na natureza em geral, no canto dos pássaros, e todas as demais coisas que atraem o olhar e a emoção.

terça-feira, 9 de agosto de 2016

Inserção ou inclusão?

Descrição para cegos: à esquerda, Kézia Nascimento, na cadeira de rodas, em um vestido florido. À direita, Francisco Izidoro, presidente da Asdef - Associação de Deficientes e Familiares, tendo em mãos um exemplar do Estatuto da Pessoa com Deficiência.
Por Samuel Amaral

Muita gente pode pensar que são sinônimos, mas na grande maioria das vezes, inserir pessoas com deficiência no mercado de trabalho não representa incluí-las na sociedade.
A Lei de Cotas para Pessoas com Deficiência já existe há mais de 25 anos e assegura a inserção dessa parte da população no mercado de trabalho. Ela determina que empresas com mais de 100 empregados devem reservar porcentuais mínimos de vagas para pessoas com deficiência no seu quadro de funcionários: de 2 a 5% nas que contam com até 200 funcionários; 3% em empresas que têm de 201 a 500 funcionários; e 4% para as que dispõem de 501 a 1000 postos de trabalho. No entanto, segundo dados do Ministério do Trabalho, dos 45,6 milhões de deficientes brasileiros, apenas 306 mil encontram-se em algum tipo de atividade formal.

segunda-feira, 1 de agosto de 2016

Desrespeito a vagas de deficientes na UFPB ganha popularidade nas redes

Descrição para cegos: foto mostra carro vermelho ocupando vaga reservada a pessoas com deficiência, tendo
 a roda sobre a figura que sinaliza essa destinação

                                                                       Por Jéssica Xavier                                                                 
        A legislação assegura a reserva de vagas especiais para deficientes físicos e garante que espaços públicos ofereçam no mínimo 2% dessas vagas. Apesar do caráter humanizante do recurso, não é difícil encontrar casos de desrespeito a esses espaços.
A frequência com que ocorre no campus da Universidade Federal da Paraíba em João Pessoa despertou na comunidade universitária indignação. Indignados, passaram a divulgar e denunciar os flagrantes desse tipo de infração em redes sociais, como o Facebook. A página Barbeiro UFPB se disponibiliza a postar fotos de veículos que param em locais indevidos, como em vagas reservadas, em rampas de acesso, calçadas ou faixas de pedestre. Utilizando a hashtag #barbeiroufpb, qualquer um pode contribuir com denúncias na página.