quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Futebol de Sete, você conhece?!

Descrição para cegos: a foto mostra os jogadores e parte da comissão técnica da Seleção Brasileira de Sete, num total de dezoito homens. Eles estão num campo de futebol e seguram uma faixa na qual se lê: "Associação Nacional de Desporto para Deficientes".
Muitas coisas que são feitas por e para deficientes são desconhecidas por nós. Algumas vezes porque estamos ocupados demais para saber, ou até porque a informação não nos chega da forma mais rápida. Ajudando a disseminar esse conteúdo voltado para deficientes ou não, a fim de que possamos incentivar, promover e participar dessas atividades, este post mostra um esporte pouquíssimo conhecido por muitos. É o chamado Futebol de Sete. (Gabriella Mayara)

Em 1978 surgiu o Futebol de 7 para paralisados cerebrais. Foi na cidade de Edimburgo, na Escócia, que aconteceram as primeiras partidas. A primeira Paralimpíada em que a modalidade esteve presente foi em Nova Iorque, em 1984. Em Barcelona (1992), o Brasil estreou nos Jogos Paralímpicos e ficou em sexto lugar. Na Paralimpíada de Atlanta (1996), a seleção brasileira ficou em penúltimo lugar na classificação geral. Quatro anos depois, em Sidney, virou o jogo e conquistou o terceiro lugar geral. Nos Jogos Paralímpicos de Atenas (2004), o Brasil se superou mais uma vez e conquistou a medalha de prata, deixando para trás potências como a Rússia, Estados Unidos e Argentina.

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Se vier de nós, não é o mundo o culpado

Descrição para cegos: a imagem mostra um papel preto que se rasga e revela os olhos de uma menina com Síndrome de Down, que sorri. No canto inferior direito se lê: Síndrome de Down: É preciso ver com novos olhos. 
Certo dia estava em um salão de beleza e ouvi duas mulheres conversando sobre o filho da irmã de uma delas que havia nascido. Comecei a prestar atenção na conversa quando elas começaram com: “Sabe, né?! Hoje em dia as pessoas estão entendendo mais o que é uma pessoa com Síndrome de Down, mas eu sei que essa criança vai sofrer muito...”. O que mais me chocou foi o fato de ser a tia da criança a falar isso.
Todos pensamos que o preconceito vem de fora, mas ele começa antes mesmo da pessoa – nesse caso a criança – sair de casa. Carregamos conosco tanta culpa dos outros que muitas vezes não vemos sequer o pré-conceito que está arraigado em nós mesmos. São pensamentos assim que, se fossem evitados durante toda uma vida, a sociedade estaria incluindo esses deficientes e não os excluindo.

Vamos parar para pensar que se fizéssemos nossa parte como cidadãos e primeiramente como seres humanos melhoraríamos os olhares que são dirigidos a essas pessoas, o cuidado que deveríamos ter com o próximo, sendo ele deficiente ou não. (Gabriella Mayara)

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Derek Rabelo - uma vida além da visão


Descrição para cegos: cartaz do documentário
"Além da Visão", cujo título está em destaque
na parte de cima. A arte em preto e branco
 mostra um olho de cor azul, que reflete
uma pessoa surfando.  No canto inferior esquerdo
lê-se a frase: "Andamos por fé e não pelo que
vemos - 2 Coríntios 5,7". Na parte inferior do
cartaz está o nome de Derek Rabelo.
Algumas vidas são capazes de sair da linha do comum para inspirar outras. Este é o caso do jovem surfista brasileiro de 22 anos Derek Rabelo, que nasceu deficiente visual no ano de 1992 e mesmo assim surfou na praia de Pipeline no Hawaii, considerada um dos picos de surf mais cobiçados e difíceis para qualquer surfista profissional. Ele ainda anda de bicicleta, salta de paraquedas e pratica skate Downhill e Tow-in (surfe de ondas gigantes).
Derek nasceu portador de Glaucoma Congênito (doença rara que atinge os olhos). Mas, segundo ele, isso nunca foi motivo para deixar de sonhar, principalmente porque sempre teve o apoio dos familiares. “Eles sempre me apoiaram, principalmente para surfar, e a primeira vez que surfei foi com meu pai. Esse dia foi alucinante”, disse Derek.
“Vejo tudo o que vocês veem, mas de outras formas, acredito que Deus me empurra no momento que uma onda está se aproximando”, explica ele.
          Após encarar as mortíferas ondas do Hawaii e fazer bonito, ele despertou o interesse de Bruno Lemos (fotógrafo e cinegrafista brasileiro) e foi convidado para participar do documentário “Além da Visão”, sobre a sua vida. O documentário foi lançado em fevereiro de 2013. (Felipe Ramos)

sábado, 4 de outubro de 2014

Quem muito fala e pouco faz

Descrição para cegos: urna eletrônica e
parte da mão de uma pessoa com o dedo
indicador na tecla "Confirma".

Demokratía. A palavra grega composta pelos radicais demos (“povo”) e kratos (“poder”) traduz o verdadeiro sentido da democracia. Neste domingo (5), brasileiras e brasileiros estarão indo às urnas para exercer o mais importante ato de cidadania. Vale relembrar que, ao escolher um candidato, o cidadão reconhece suas propostas e as reafirma, confiando àquela autoridade o dever de formular as políticas públicas do Estado e o representar no meio político.
No entanto, há quem tente ludibriar o eleitor com promessas mirabolantes e falsas verdades. Em época de eleição, é comum que alguns políticos se aproximem de movimentos sociais e demonstrem uma aparente empatia pela causa, como, por exemplo, a luta pelos direitos das pessoas com deficiência.
Nesses casos, é preciso redobrar a atenção. Nem sempre os interesses do candidato em se unir à luta estão relacionados ao reconhecimento das reais necessidades do movimento, como a melhoria da acessibilidade e inclusão. Por vezes, essa aproximação é utilizada apenas como meio para chegar ao poder e, após isso, todo compromisso é descartado – e muitas vezes esquecido por ambas as partes.  

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Parabéns deficiente, você consegue! (sic)


Descrição para cegos: Eduardo Camara, sorrindo posando para foto, segurando um copo com chopp, em um bar. Eduardo está com uma camisa azul, e no fundo da imagem um homem com camisa listrada, luzes e uma televisão.
Parece até espantoso você avaliar a pessoa pelo grau de deficiência que ela tem. Ao realizar atividades cotidianas os deficientes são considerados incapazes de fazer qualquer coisa sozinhos ou ao menos tentar resolver as coisas por sua própria conta. Eles não gostam de ser vistos como coitadinhos e nós devemos respeitá-los sem medir ninguém por grau de dificuldade que tenha ou não. Pessoas são pessoas, independente de raça, cor, credo ou qualquer outra medida utilizada.
Leia a seguir um desabafo de um deficiente físico que foi parabenizado por estar em uma balada. (Gabriella Mayara)