Descrição para cegos: a imagem mostra a mão de um homem, que se coloca atrás do ouvido, como se tentasse escutar melhor. |
Por Gabriella Mayara
Participo de uma comunidade onde os cultos
religiosos são transmitidos via internet ao vivo, mas algo que sempre me chamou
atenção é que pouquíssimas vezes vi algum intérprete de Libras no recinto. As
poucas vezes que vi era alguém conhecido do deficiente que vinha o acompanhando
para que pudesse entender. Outras vezes também vi surdos totalmente perdidos
durante os sermões pela falta de alguém que os pudesse auxiliar.
O fato que mais me chama atenção é: até onde é esse
limite entre alguém deficiente poder praticar ações tão comuns a nós e não
poder porque não se tem ferramentas para que ele seja atendido? Até quando
ainda veremos pessoas se afastando dos deficientes visuais na rua ao invés de
auxiliá-los a passar perto de um buraco, em algum lugar estreito sem cair ou
tropeçar? Qual a nossa atitude diante disso? Será que por estarmos “muito bem,
obrigada” no nosso lugar deixaremos de nos importar com os outros, já que isso
não nos atinge?
Atitudes devem ser tomadas, rodas de debates devem
ser feitas, direitos garantidos devem ser assegurados e postos em prática! Que
sejamos a voz daqueles que não podem falar, os pés daqueles que não podem
andar, os olhos daqueles que não podem enxergar e a atitude daqueles que se
mantêm inertes perante cada situação dessas.
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