sábado, 7 de março de 2015

Um grito de socorro

Descrição para cegos: a imagem mostra a mão de um homem, que se coloca atrás do ouvido, como se tentasse escutar melhor.
Por Gabriella Mayara

Participo de uma comunidade onde os cultos religiosos são transmitidos via internet ao vivo, mas algo que sempre me chamou atenção é que pouquíssimas vezes vi algum intérprete de Libras no recinto. As poucas vezes que vi era alguém conhecido do deficiente que vinha o acompanhando para que pudesse entender. Outras vezes também vi surdos totalmente perdidos durante os sermões pela falta de alguém que os pudesse auxiliar.
O fato que mais me chama atenção é: até onde é esse limite entre alguém deficiente poder praticar ações tão comuns a nós e não poder porque não se tem ferramentas para que ele seja atendido? Até quando ainda veremos pessoas se afastando dos deficientes visuais na rua ao invés de auxiliá-los a passar perto de um buraco, em algum lugar estreito sem cair ou tropeçar? Qual a nossa atitude diante disso? Será que por estarmos “muito bem, obrigada” no nosso lugar deixaremos de nos importar com os outros, já que isso não nos atinge?



Atitudes devem ser tomadas, rodas de debates devem ser feitas, direitos garantidos devem ser assegurados e postos em prática! Que sejamos a voz daqueles que não podem falar, os pés daqueles que não podem andar, os olhos daqueles que não podem enxergar e a atitude daqueles que se mantêm inertes perante cada situação dessas. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário