Por Felipe Ramos
Descrição para cegos: um bebê com Síndrome de Down deitado e sorrindo. |
Após esse episódio, percebi que as
maiores barreiras que as pessoas portadoras de deficiências encontram estão
dentro de nós. Seja nos pequenos ou grandes gestos, em muitas situações o
preconceito está em nós adormecido, escondido. Neste caso, percebi minha
incapacidade de amar todos os dias alguém diferente do que imagino ideal,
principalmente por ser parte de mim, como é um filho.
Entretanto,
vale ressaltar que não estou aqui dizendo que sou um intolerante ou coisa do
tipo. Não, não mesmo. Aqui deixo o registro fruto de uma reflexão de alguém que
percebeu o quanto ainda precisa colocar em prática os ideais que defende, não
só com palavras, mas com atos, principalmente se este ato for ser pai de uma
criança deficiente. Na verdade, no fim de tudo, percebi que deficiente mesmo é
o meu coração, que ainda precisa aprender a ser mais acessível aos outros, seja
quem for.
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