quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Um parque para a alegria de todos

       
Descrição para cegos: duas crianças paraplégicas, usando próteses nos membros inferiores, estão de costas para a foto, juntas, em uma atividade na qual elas precisam mover de uma extremidade a outra, pequenos cubos que estão encaixados em uma barra ondulada.
Na Mooca, em São Paulo, há um projeto inovador no país sendo aplicado. No espaço pensado para ‘incluir’ quem nunca deveria sentir-se excluído, são disponibilizados ao todo 15 brinquedos adaptados para crianças com deficiência. Porém, como o objetivo é gerar a integração entre as pessoas, o espaço também foi projetado para crianças que não tenham deficiência possam se divertir nos brinquedos. A ideia é um modelo daquilo que todos locais deveriam ser, caso fossem pensados para todos, e não só para alguns grupos de pessoas. Confira a matéria completa. (Felipe Ramos)

Brasileiro cria parque acessível para crianças com deficiência física
          
        Vivemos num mundo cada vez mais pulverizado, separado por nichos e grupos que só nos distanciam ainda mais do conceito de sociedade. A necessidade de identificação e acolhimento fazem com que surjam diversas categorias e rótulos entre os “tipos” de seres humanos, sejam eles gays, negros, cadeirantes, deficientes mentais e outros.
      Com isso, são criados diversos projetos de inclusão, mas, para o analista financeiro Rodolfo Henrique Fischer, conhecido por Rudi, o termo é mal aplicado. Segundo ele, a palavra “incluir” já parte automaticamente de que algo ou alguém está excluído.
       Ele é o responsável pela criação da primeira unidade do Alpapato (Anna Laura Parques para Todos), primeiro parque direcionado à crianças com dificuldades físicas no Brasil, situado na AACD do Parque da Mooca, em São Paulo. São, ao todo, 15 brinquedos adaptados, ideais para a recuperação das crianças e seu desenvolvimento lúdico, sem excluí-las dos aparatos convencionais, como escorregador, trepa-trepa, cama elástica e balanços.
        A ideia surgiu após uma viagem para Israel, onde Rudi conheceu uma associação que une comunidades e religiões diferentes. Um pequeno parque, com apenas um brinquedo inclusivo, acabava integrando as pessoas. Com nome em homenagem à sua filha, Anna Laura, que faleceu precocemente aos quatro anos de idade, o parque surge com o intuito de integrar, já que serve para crianças com ou sem deficiência.
       A iniciativa inovadora é financiada por Rudi com ajuda de alguns colaboradores. O parque já está em expansão em Porto Alegre e Recife (AACD), em Araraquara (APAE) e no Parque do Cordeiro da Prefeitura de São Paulo. Na capital paulista, o espaço é aberto ao público, que pode frequentá-lo às segundas, quartas e sextas, das 10h às 12h, e terças e quintas, das 15h às 17h.

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