quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Dia de quê?

Descrição para cegos: ilustração mostra o mapa mundi com o símbolo da ONU sobreposto, ambos na cor azul. Atrás encontra-se o símbolo da Justiça, a balança, nas cores do arco-íris. À esquerda e à direita da balança está o Símbolo Internacional de Acesso, representado por uma pessoa em cadeira de rodas, também nas cores do arco-íris. Ao centro, há detalhes na forma da letra "S" na cor verde.
Por Marília Araújo

Por decisão da Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU)de 14 de outubro de 1992, o 3 de dezembro foi instituído como o Dia Internacional das Pessoas com Deficiência. A principal ideia dessa data é refletir sobre as melhores ações para garantir qualidade de vida e dignidade para todas as pessoas que têm algum tipo de deficiência.
Mas além de refletir, é urgente pôr em prática. Um longo caminho ainda precisa ser percorrido para que alcancemos uma sociedade efetivamente inclusiva, ou seja, um lugar com oportunidades para todos, onde cada indivíduo representa igual papel de contribuição para a coletividade.

Hoje seria um bom dia para comemorar, se a legislação que garante direitos às pessoas com deficiência fosse cumprida. Haveria motivos para celebrar, se todos os espaços públicos fossem acessíveis a todas as pessoas. Poderíamos realmente festejar, se todas as crianças e adolescentes, independente de diferenças, pudessem se matricular em qualquer escola sem precisar recorrer à justiça para tal.
Mas acima de tudo, hoje poderíamos nos considerar essencialmente humanos, se não existisse alguém que ache as pessoas com deficiência culpadas pela própria segregação, se não existissem os olhares de pena (ou a total indiferença) em relação a elas, se não houvesse o preconceito.
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 45,6 milhões de pessoas têm algum tipo de deficiência no país. E hoje é o dia delas, mas onde estão? Em uma sociedade inclusiva é que não. Portanto, o sucesso do Dia Internacional das Pessoas com Deficiência depende de você, de mim, das autoridades responsáveis.
No dia em que houver oportunidades iguais, educação e comunicação inclusivas efetivas, suporte médico com ética e respeito, e direitos assegurados a todos os cidadãos indistintamente, aí então celebraremos. 

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