Por Marília Araújo
Por decisão da Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU)de 14
de outubro de 1992, o 3 de dezembro foi instituído como o Dia Internacional das
Pessoas com Deficiência. A principal ideia dessa data é refletir sobre as
melhores ações para garantir qualidade de vida e dignidade para todas as
pessoas que têm algum tipo de deficiência.
Mas além de refletir, é urgente pôr em prática. Um longo
caminho ainda precisa ser percorrido para que alcancemos uma sociedade efetivamente
inclusiva, ou seja, um lugar com oportunidades para todos, onde cada indivíduo
representa igual papel de contribuição para a coletividade.
Hoje seria um bom dia para comemorar, se a legislação que garante
direitos às pessoas com deficiência fosse cumprida. Haveria motivos para
celebrar, se todos os espaços públicos fossem acessíveis a todas as pessoas.
Poderíamos realmente festejar, se todas as crianças e adolescentes,
independente de diferenças, pudessem se matricular em qualquer escola sem precisar
recorrer à justiça para tal.
Mas acima de tudo, hoje poderíamos nos considerar
essencialmente humanos, se não existisse alguém que ache as pessoas com
deficiência culpadas pela própria segregação, se não existissem os olhares de
pena (ou a total indiferença) em relação a elas, se não houvesse o preconceito.
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), cerca de 45,6 milhões de pessoas têm algum tipo de
deficiência no país. E hoje é o dia delas, mas onde estão? Em uma sociedade
inclusiva é que não. Portanto, o sucesso do Dia Internacional das Pessoas com
Deficiência depende de você, de mim, das autoridades responsáveis.
No dia em que houver oportunidades iguais, educação e
comunicação inclusivas efetivas, suporte médico com ética e respeito, e
direitos assegurados a todos os cidadãos indistintamente, aí então celebraremos.
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