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| Descrição para cegos: a imagem mostra carteiras enfileiradas numa sala de aula. |
Por Marília Araújo
Um dos grandes desafios enfrentados pelas pessoas com deficiência é a luta pelo acesso ao ensino regular. Assegurar a todos a igualdade de condições para o acesso à escola e a permanência nela, sem discriminação, é um princípio que está previsto na Constituição desde 1988, porém o processo de inclusão tem encontrado muitas barreiras no tocante à educação.
Negar matrícula a pessoas com deficiência em escolas públicas ou particulares é crime, mas é exatamente isso o que tem acontecido frequentemente. Muitas escolas não estão preparadas para atender o aluno com deficiência, e é por isso que um dado preocupante é realidade no Brasil: segundo o IBGE, entre os jovens com 15 anos ou mais, com algum tipo de deficiência, 32,9% têm no máximo dois anos de escolaridade, a maioria sequer frequentou a escola.
A educação é um direito de todos e deve ser construída levando em consideração o desenvolvimento pessoal e o fortalecimento da personalidade. O respeito aos direitos humanos deve ser matéria de ensino, mas antes disso, deve ser praticado.
Para chegarmos à educação inclusiva e à garantia de aprendizagem a todos os alunos na escola regular é preciso fortalecer a formação dos professores; criar uma rede de apoio (e não disputa) entre alunos, docentes, gestores, famílias e profissionais de saúde; fiscalizar mais eficazmente o cumprimento das leis que garantem o ensino especial; e o mínimo e mais óbvio: adequar o espaço físico escolar para garantir acessibilidade a todos.
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