terça-feira, 12 de agosto de 2014

Pesquisa sobre os direitos das pessoas com deficiência.

Descrição para cegos: ilustração de Ricardo Ferraz mostra uma calçada sem acessibilidade devido à uma rampa de garagem, de nível maior que o da calçada, que impede a passagem de um homem em cadeira de rodas e de uma mulher com carrinho de bebê. Acima da rampa está escrito: "não estacione. Garagem!" 
(Ilustração de Ricardo Ferraz. Originalmente publicada no portal Aqui Notícias.)
É quase consensual na sociedade o fato de que os direitos das pessoas com deficiência não são respeitados. No entanto, o que pensam as vítimas dessa discriminação? Em 2010 o DataSenado fez uma pesquisa sobre o assunto que trouxe dados interessantes. Leia e aproveite para refletir sobre suas ações para acabar com a discriminação contra pessoas com deficiência. (Erik Williams)

Fonte: Portal dos Instituto Brasileiro dos Direitos das Pessoas com Deficiência.

Setenta e sete por cento das pessoas com deficiência acreditam que não têm seus direitos respeitados no país
Essa é uma das conclusões da pesquisa “Condições de vida das pessoas com deficiência no Brasil”, feita pelo DataSenado com base num cadastro cedido pelo IBDD com 10.273 pessoas com deficiência em todas as regiões do Brasil. A pesquisa ouviu 1.165 pessoas com deficiência entre os dias 28 de outubro e 17 de novembro de 2010, sendo 759 deficientes físicos, 170 visuais e 236 auditivos.
De acordo com o resultado da pesquisa, falta atuação mais firme do Estado na prevenção e tratamento oferecidos às pessoas com deficiência. Sessenta e quatro por cento dos entrevistados disseram que a prevenção de doenças que causam deficiência tem sido pouco eficiente. Os deficientes visuais são os que mais se ressentem (76%), seguido pelos deficientes físicos (62%) e pelos auditivos (60%).

A pesquisa mostrou que, para 43% dos entrevistados, a discriminação no ambiente de trabalho ainda é uma realidade. Esse índice sobe para 63% entre os deficientes auditivos, enquanto os deficientes visuais chega a 44%, contra 36% dos deficientes físicos. Para 52% dos pesquisados, a legislação trouxe avanços na inserção das pessoas com deficiência no mercado de trabalho. Mas as dificuldades ainda são sentidas entre os deficientes auditivos (33%), seguidos pelos visuais (20%) e físicos (17%).
Trinta e oito por cento do total dos entrevistados considera o emprego a área que precisa de mais atenção para que a condição de vida das pessoas com deficiência melhore. Em seguida vem saúde (22%), educação (19%), transporte (13%), habitação (5%) e lazer (3%).
(...)Você pode ver a íntegra da pesquisa, que inclui ainda opiniões sobre educação, informação, acessibilidade e lazer, nesses dois arquivos:


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