Por Mabel Abreu
Durante toda
nossa existência ouvimos histórias de pessoas e seus bichos e como o animas
sentem quando estamos tristes, estressados e os bichos se sentem na obrigação
de melhorar nosso humor e sentimentos. Esse sentimento mútuo e a aproximação
dos animais de pessoas com deficiência não poderia ser diferente.
Conhecemos
os cães-guias que colaboram diariamente com a vida de pessoas com deficiência
visual e na terapia de pessoas em hospitais com enfermidades crônicas como o
câncer. Mas, em atividades em locais abertos, existe uma terapia usando cavalos
como apoio que vem ajudando pessoas com vários tipos de deficiência a se locomoverem,
se expressarem e melhorarem a capacidade locomotora: a Equoterapia.
A terapia
com equinos chegou ao Brasil em 1993 e um dos precursores da técnica foi Luiz
Antônio Arruda Botelho, médico fisiatra da Fundação Selma, uma instituição em
Brasília, sem fins lucrativos, que oferece tratamento gratuito para pessoas com
limitações físicas por meio do contato direto entre homem e animal.
O tratamento
ajuda no equilíbrio do tronco, na musculatura, além de favorecer a integração
do atendido. Ele é indicado para o
tratamento dos mais diversos tipos de comprometimentos motores, como paralisia
cerebral, problemas neurológicos, ortopédicos, posturais, Síndrome de Down,
distúrbios de comportamento, autismo, esquizofrenia e psicoses. Também é
recomendado para pessoas que apresentam comprometimentos emocionais, deficiência
visual e auditiva.
O tratamento assiste pacientes
com problemas escolares, tais como: distúrbio de atenção, de percepção, de fala,
de linguagem e de hiperatividade, além de atender pessoas que não tenham deficiência,
mas que apresentam problemas de posturas, insônia ou stress.
As sessões são individuais com duração
média de 30 minutos e o tratamento dura cerca de dois anos, podendo ser
reduzido ou ampliado em função do diagnóstico, da característica de cada
praticante, do desenvolvimento do trabalho terapêutico e de outros fatores interventores.
A equipe
técnica do programa é formada por vários profissionais, como fisioterapeuta,
fonoaudiólogo, pedagoga, psicólogo, instrutor de equitação, guias e médico
veterinário.
Na Paraíba,
existem dois centros filiados a Associação Nacional de Equoterapia
(Ande-Brasil). Em João Pessoa, a Associação Paraibana de Equoterapia (Aspeq); em
Campina Grande, o Centro de Equoterapia da Apae (Ceapae).
Mais
informações: http://www.equoterapia.org.br/site/centros.php
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