quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Equoterapia, o que é e pra que serve?

Descrição para cegos: a imagem mostra um menino loiro com um largo sorriso, sentado no dorso de um cavalo. Duas mulheres seguram o menino pelos braços, uma à direita e outra à esquerda; ambas também sorriem. Ao fundo, árvores, cercas, uma "cancela" e uma casa amarela - numa paisagem típica de fazenda ou haras. 
Por Mabel Abreu

    Durante toda nossa existência ouvimos histórias de pessoas e seus bichos e como o animas sentem quando estamos tristes, estressados e os bichos se sentem na obrigação de melhorar nosso humor e sentimentos. Esse sentimento mútuo e a aproximação dos animais de pessoas com deficiência não poderia ser diferente. 

    Conhecemos os cães-guias que colaboram diariamente com a vida de pessoas com deficiência visual e na terapia de pessoas em hospitais com enfermidades crônicas como o câncer. Mas, em atividades em locais abertos, existe uma terapia usando cavalos como apoio que vem ajudando pessoas com vários tipos de deficiência a se locomoverem, se expressarem e melhorarem a capacidade locomotora: a Equoterapia.


    A terapia com equinos chegou ao Brasil em 1993 e um dos precursores da técnica foi Luiz Antônio Arruda Botelho, médico fisiatra da Fundação Selma, uma instituição em Brasília, sem fins lucrativos, que oferece tratamento gratuito para pessoas com limitações físicas por meio do contato direto entre homem e animal. 

    O tratamento ajuda no equilíbrio do tronco, na musculatura, além de favorecer a integração do atendido. Ele é indicado para o tratamento dos mais diversos tipos de comprometimentos motores, como paralisia cerebral, problemas neurológicos, ortopédicos, posturais, Síndrome de Down, distúrbios de comportamento, autismo, esquizofrenia e psicoses. Também é recomendado para pessoas que apresentam comprometimentos emocionais, deficiência visual e auditiva. 

    O tratamento assiste pacientes com problemas escolares, tais como: distúrbio de atenção, de percepção, de fala, de linguagem e de hiperatividade, além de atender pessoas que não tenham deficiência, mas que apresentam problemas de posturas, insônia ou stress.

    As sessões são individuais com duração média de 30 minutos e o tratamento dura cerca de dois anos, podendo ser reduzido ou ampliado em função do diagnóstico, da característica de cada praticante, do desenvolvimento do trabalho terapêutico e de outros fatores interventores. 

    A equipe técnica do programa é formada por vários profissionais, como fisioterapeuta, fonoaudiólogo, pedagoga, psicólogo, instrutor de equitação, guias e médico veterinário. 

    Na Paraíba, existem dois centros filiados a Associação Nacional de Equoterapia (Ande-Brasil). Em João Pessoa, a Associação Paraibana de Equoterapia (Aspeq); em Campina Grande, o Centro de Equoterapia da Apae (Ceapae). 

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